Evangelho do dia: Mt 9, 9-13.

“De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores.” – Mt 9, 13.

Naquele tempo: Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se Levantou e seguiu a Jesus. Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come
com os cobradores de impostos e pecadores?” Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico,
mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos,
mas os pecadores”.

REFLEXÃO

O que significa “comer a carne e beber o sangue” de Jesus? É apenas uma imagem, um modo de dizer, um símbolo, ou indica algo de real? Para responder, é necessário intuir o que acontece no Coração de Jesus, ao partir os pães para os distribuir à multidão faminta. Consciente de que deverá morrer na cruz por nós, Jesus identifica-se com aquele pão partido e compartilhado, tornando-se para Ele o “sinal” do Sacrifício que o espera. Este processo encontra o seu ápice na última Ceia, onde o pão e o vinho se tornam realmente o seu Corpo e o Sangue. É a Eucaristia, que Jesus nos deixa com uma finalidade específica: que nós possamos tornar-nos um só com Ele. Efectivamente, Ele diz: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele” (v. 56). “Permanecer”: Jesus em nós, e nós em Jesus. Comunhão é assimilação: comendo a sua carne, tornamo-nos como Ele. Contudo, isto requer o nosso “sim”, a nossa adesão de fé! (…) A Eucaristia é o próprio Jesus que se entrega inteiramente por nós. Alimentar-nos dele e permanecermos nele mediante a Comunhão eucarística, se o fizermos com fé, transforma a nossa vida, transforma-a num dom a Deus e aos irmãos. Alimentar-nos daquele “Pão da vida” significa entrar em sintonia com o Coração de Cristo, assimilar as suas escolhas, os seus pensamentos e os seus comportamentos. Significa entrar num dinamismo de amor oblativo, tornando-nos pessoas de paz, pessoas de perdão, de reconciliação e de partilha solidária. Aquilo que Jesus fez. (Angelus de 16 de agosto de 2015).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/06/11.html