Evangelho do dia: Lc 7,31-35.

“Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!” – Lc 7,32.

Naquele tempo, disse Jesus: “Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’ Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.

REFLEXÃO

É precisamente a classe dirigente que fecha as portas ao modo como Deus nos quer salvar. Neste sentido compreendem-se os diálogos fortes de Jesus com a classe dirigente do seu tempo: discutem, testam-no, fazem-lhe armadilhas para ver se ele cai, porque é a resistência que salva. Jesus lhes diz: “Com quem se parecem! São como crianças: nós vos tocamos flauta, mas não dançastes! Nós entoamos lamentações, mas não chorastes!”. “Queremos ser salvos à nossa maneira”! É sempre esse fechamento ao modo de Deus. (…) Cada um de nós também tem esse drama dentro de si. Mas será bom nos perguntarmos: como eu quero ser salvo? À minha maneira? À maneira de uma espiritualidade, que é boa, que me faz bem, mas que é fixa, tem tudo claro e não há risco? Ou no modo divino, ou seja, no caminho de Jesus, que sempre nos surpreende, que sempre abre a porta para esse mistério da Onipotência de Deus, que é a misericórdia e o perdão?” (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 3 de outubro de 2014).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/09/20.html