Evangelho do dia: Mt 23,13-22.

“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós.” – Mt 23,15.

Naquele tempo, disse Jesus: “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós, porém, não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis:
‘Se alguém jura pelo Templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do Templo, então vale!’ Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’ Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Templo, jura por ele e por Deus que habita no Templo. E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado”.

REFLEXÃO

Deles, dos seus mestres, dos doutores da Lei, Jesus dizia: «Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, pois percorreis mares e terras para fazer um só prosélito; e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior do que vós mesmos». Jesus diz mais ou menos isto no capítulo 23 de Mateus (cf. v. 15). Essas pessoas, que eram “ideológicas” mais do que “dogmáticas”, “ideológicas”, reduziam a Lei, o dogma, a uma ideologia: “Deve-se fazer isto, isso e aquilo”… Uma religião de prescrições, e com isto tiravam a liberdade do Espírito. E as pessoas que os seguiam eram rígidas, pessoas que não se sentiam à-vontade, que não conheciam a alegria do Evangelho. A perfeição do caminho para seguir Jesus era a rigidez: “Há que fazer isto, isso, aquilo…”. Essas pessoas, esses doutores “manipulavam” as consciências dos fiéis, e ou tornavam-se rígidos… ou iam embora. Por esta razão, repito muitas vezes, a rigidez não é do Espírito bom, porque questiona a gratuidade da redenção, a gratuidade da ressurreição de Cristo. (…) A justificação é gratuita. A morte e a ressurreição de Cristo são gratuitas. Não se pagam, não se compram: são um dom! (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 15 de maio de 2020).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/08/28.html