Evangelho do dia: Lc 4, 24-30.

“Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade.” – Lc 4, 28-29.

Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.

Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

REFLEXÃO

Não é fácil compreender o que seja a humildade. Esta resulta duma mudança que o próprio Espírito realiza em nós através da história que vivemos, como acontece, por exemplo, ao sírio Naamã (…) Naamã compreende uma verdade fundamental: não se pode passar a vida escondendo-se atrás duma armadura, duma função, duma consideração social. No fim, magoa. Na história de cada um, chega o momento em que se tem o desejo de não viver mais atrás da capa da glória deste mundo, mas na plenitude duma vida sincera, sem precisar mais de armaduras nem de máscaras.

(…) Munido de prata e ouro, Naamã põe-se a caminho e chega assim à porta do profeta Eliseu. Este pede a Naamã, como única condição para a sua cura, o gesto simples de se despir e banhar sete vezes no rio Jordão. Nada conta a fama, nada contam as honras, o ouro e a prata! A graça que salva é gratuita, não se pode reduzir ao preço das coisas deste mundo. (…) Grande lição aqui temos! A humildade de expor a própria humanidade, segundo a palavra do Senhor, obtém a Naamã a cura. (DISCURSO À CÚRIA ROMANA PARA AS FELICITAÇÕES DE NATAL, 23 de dezembro de 2021).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/03/13.html