Evangelho do dia: Mt 8,5-11.

“Vou curá-lo.” – Mt 8,7

Naquele tempo, quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: “Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um : ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”. Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.

REFLEXÃO

Nem todas as orações são iguais, nem todas são convenientes: a própria Bíblia atesta o mau resultado de muitas orações, que são rejeitadas. Talvez por vezes Deus não esteja satisfeito com as nossas orações e nós nem sequer nos apercebemos disso. Deus olha para as mãos daqueles que rezam: para as purificar não é necessário lavá-las, quando muito é preciso abster-se de ações malignas. São Francisco rezava: […] “homem algum é digno de te nomear” (Cântico do Irmão Sol). Mas talvez o reconhecimento mais tocante da pobreza da nossa oração tenha vindo dos lábios do centurião romano que um dia implorou Jesus que curasse o seu servo doente (cf. Mt 8, 5-13). Sentia-se totalmente inadequado: não era judeu, era um oficial do odiado exército de ocupação. Mas a preocupação pelo servo fá-lo ousar, e diz: «Senhor… eu não sou digno que entres debaixo do meu teto, mas diz uma só palavra e o meu servo será curado» (v. 8). É a frase que também repetimos em todas as liturgias eucarísticas. Dialogar com Deus é uma graça: não somos dignos dela, não temos o direito de a reivindicar, “coxeamos” com cada palavra e pensamento… Mas Jesus é a porta que nos abre para este diálogo com Deus. (Audiência Geral de 3 de março de 2021).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/12/04.html