Evangelho do dia: Lc 10,21-24.

“Felizes os olhos que veem o que vós vedes!” – Lc 10,23

Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.

REFLEXÃO

A redenção, a revelação, a presença de Deus no mundo começam assim e sempre é assim. A revelação de Deus é feita na pequenez. A pequenez, tanto a humildade quanto… muitas coisas, mas na pequenez. Os grandes se apresentam como poderosos, pensemos na tentação de Jesus no deserto, como Satanás se apresenta poderoso, dono do mundo inteiro: “Eu te dou tudo, se tu…”. Em vez disso, as coisas de Deus começam brotando, de uma semente, pequenas. E Jesus fala dessa pequenez no Evangelho […]. Em uma comunidade cristã em que os fiéis, os sacerdotes, os bispos, não tomam esse caminho da pequenez, não há futuro, ela entrará em colapso. Vimos isso nos grandes projetos da história: cristãos que tentaram se impor, com força, grandeza, conquistas… Mas o Reino de Deus germina no pequeno, sempre no pequeno, a pequena semente, a semente da vida. Mas a semente sozinha não é suficiente. E há algo mais que ajuda e que dá força: “Naquele dia, um ramo sairá do tronco de Jessé, um rebento brotará das suas raízes. Sobre ele repousará o espírito do Senhor”. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 3 de dezembro de 2019).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/12/05.html