Evangelho do dia: Lc 1,26-38.

“Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus” – Lc 1,31

Naquele tempo, no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”. Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

REFLEXÃO

O anjo Gabriel saúda a Virgem assim: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo» (v. 28). Ele não a chama pelo nome, Maria, mas com um novo nome, que ela não conhecia: cheia de graça! Cheia de graça e, portanto, sem pecado, é o nome que Deus lhe dá e que hoje nós celebramos.[…]

Preservar a nossa beleza tem um preço, requer uma luta. Com efeito, o Evangelho mostra-nos a coragem de Maria, que disse “sim” a Deus, que escolheu o risco de Deus; e o trecho do Gênesis, relativo ao pecado original, fala-nos de uma luta contra o tentador e as suas tentações (cf. Gn 3, 15). Mas também por experiência, todos nós sabemos: requer o esforço de escolher o bem; exige o esforço de preservar o bem que existe em nós. Pensemos nas numerosas vezes que o desperdiçamos, cedendo às seduções do mal, agindo de modo astuto pelos nossos próprios interesses ou fazendo algo que poluiria o nosso coração; ou até perdendo tempo com coisas inúteis e prejudiciais, adiando a oração, ou dizendo “não posso” a quem precisava de nós quando, ao contrário, nós podíamos. Mas diante de tudo isto, hoje temos uma boa notícia: Maria, a única criatura humana sem pecado na história, está conosco na luta, é nossa irmã e sobretudo nossa Mãe. (Angelus de 8 de dezembro de 2022).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/12/08.html